domingo, 10 de março de 2013

uma poesia


eu queria te escrever uma poesia,
mas você é toda poesia.
diria do fulgor  da minha paixão,
e de palavras reprimidas.

um poesia
que vestiria
o veu da alegira
em cima da solidão.

com versos de temor
ao amor,
com pitada de saudade.

mas escrevo assim mesmo
sem métrica  ou redondilhas,
sem inverno sem verão.
sem coração, mas com pulmão.

escrevo nossa alegria,
de partilhar vida e realidade.
escrevo porque você é minha,
toda poesia.

Não existe mais luta de classes


Não existe mais burgueses e proletários.
Hoje a classe tem smart fone e televisão,
não anda de busão e o trabalho é bom,
vai ao parque do bairro e de barro em barro,
da lama ao caos cada dia mais precário,
Não existe mais burgueses e proletários.

Minha casa é a prazo, que eu não pago,
meu carro a prazo que não pago  e a
televisão não tem prazo, mas também não pago.
Porque não há mais burgueses nem proletários.

Do sindicato não preciso,
porque direitos não tenho,
por contratato eu trabalho,
mes sim, mes não,
sem fundo de garantia  e sem patrão.

Partido não preciso,
da ordem, nem oposição.
Meu patrão está na suiça,
enquanto nós na capa de revista.
Não há mais burgueses, nem proletários.

As ruas nós tomaremos,
as casas ocuparemos
á revolução faremos.
sem patrão, sem salário,
tudo coletizado, o amanha é nosso,
do internacionalismo proletário.