quinta-feira, 26 de novembro de 2015

noite fria



nesta noite fria
encontrei uma poesia
que me sorriu um dia.
ria
apesar do frio
que fazia
ria
apesar
do prato de comida
que não tinha
ia e vinha
ia e vinha
como barata
tontinha
quem dera
fosse poesia
que ela consumia
pena ser pó sem esia
nesta noite fria
encontrei um poema
que me sorriu um dia
chorei
sabendo o porque
ela sorria.

Òrúnmìlá



Òrúnmìlá
disse que
você
me espera
no altar.
viu nos ifá
que você
é meu lar.
veja nos odú
Òrúnmìlá
o que o futuro
me reserva
aceite o que
Ésú te leva
Òrúnmìlá
nem homem
nem Órísá
Òrúnmìlá
soberano
dos ifá.

OCUPA




ocup(A)cao

nao sei
se sabe
governaDOR
mas isso
chame-se
reac(A)cao.


como se o mundo
fosse a Odisseia de Homero
escrevo esse verso
sonhando ser seu
para guardar seu céu

(A)narquico





anarquicamente 
escrevi um poema
era imenso
cheio de palavras de ordem
desordenando toda ordem.
era
foi
e talvez será
organizadamente
desorganizado
espontaneamente
autônomo
e se foi.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Violência



Nessa minha gana
ainda que insana
de escrever poesia
o lápis é o fuzil
que o policial nem
consta revistar
o papel
que não é flagrante
escrevo constante
os tombos
que a vida nos da
e pode vim Policia, BOPE
milico de rabecão
esses versos
que escrevo aqui
é pra fazer Revolução.