sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
Letícia
Se um dia
Alguém me pedisse
para que eu colasse na linha
uma poesia de amor
sem dúvidas eu escreveria
seu nome com ardor
meu amor
esses seus olhos de sol
meu amor
fizeste de mim o que quiser
criou em mim um semi deus
um grego guarulhense maromomi
não aceito nada que me mande
amo você com um montante de tudo
dos pés a cabeça és bela
igual o conto da cinderela
só que enforca a bruxa e o marido dela
pintura na tela
você é tela que o Dali não pintou
Melodia que o Coltrane não musicou
Blues que o negro cantou quando deixou
Vida da minha vida
força repentina
que não veio dos céus
saio do São João
veio pro cecap
raptme para seu coração
porque o mundo é cova de leão
cada amor que a gente faz é Revolução
um abraço um passo para imensidão
a poesia no acaba no papel
mas meu amor não
quinta-feira, 18 de outubro de 2018
os mortos nos governam
Revoltados com o maltrato que o presente deu pro passado o passado convoca os seus mortos para nos dominar, constantemente esses mortos reaparecem para nos esfregar na cara nossa incompetência em cultivar a historia.
É proibido lembrar. Por isso a memoria, as lembranças, os museus são queimados.
21/04/2018
Ele me quer morto
Teu canditato me quer morto
Torto numa vala comum
Lembrado pela historia como subversivo
Pela familia como um cidadao incomum
Logo eu,
Poeta proletario
Funcionario precarizado do povo
Que sonha outro mundo necessario.
Teu candidato me quer morto
Gritando por socorro
Ensanguentado no sufoco
Logo eu
Sonhador nato
Que aponta o dedo
Onde esta errado
Comunista viciado
mesmo cansado
Faz o necessario
Teu candidato me quer morto
Talvez logo consiga
mas o povo nao é bobo
Pode demorar um pouco
a verdade é como um loco
Fogo contra fogo
Jaja a mascara cai de novo
A pessoa morre
mas a ideia fica
Repito de novo
A pessoa morre
A ideia fica.
2/10/18
terça-feira, 4 de setembro de 2018
folha de papel
Teu corpo
é pagina em branco
que rabisco erisco meus versos
acalando
versos esses
que são meus
teus seios
tua boca
meu martírio.
Teus pés
meu caminhar
rabisco a folha de papel
e torno apagar
beijo te
e confirmo
que o céu existe
nessa tua boca livre
tu és folha de papel em branco
navegando
ando
pelo teu corpo com as mãos
abraço te como despedida
poesia perdida
de páginas em branco
que sigo rabiscando.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
raizes
amor é como árvore
cresce aos poucos
até que um dia
os galhos se embrenham
no chão e no céu,
só para de crescer
cortando ou de doença.
Nosso amor é como árvore
raiz fincada na terra
asfaltada ou no chão
vivo para crescer com você
até que nossos galhos
subam alto e
tomem o céu de assalto.
19/02/2018
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