Passando pela estação do Tucuruvi ouvimos algumas palavras que perpassam aos ouvidos e não passam despercebidos para o cerebro, reflexões não deixam de ser feita. Quando ouvimos :
" -ó o quebra queixo!!
“-batatinha fresquinha,somente um real!”
“-CuriiiiiiinCurrrrin!!!”
Esses são um dos muitos que estão pela cidade, alias pelo mundo,vendendo sua força de trabalho p-r-e-c-a-r-i-z-a-d-a-m-e-n-te. São várias as hipoteses como podemos colocar aqui, mas como disse o nome ilustrissimo FHC o trabalho acabaria( só se for para ele) Por que muitos de nós estamos aqui se fudendo por 8 horas á 12 horas por dia, por um salário de fome.
Esses são um dos muitos que estão pela cidade, alias pelo mundo,vendendo sua força de trabalho p-r-e-c-a-r-i-z-a-d-a-m-e-n-te. São várias as hipoteses como podemos colocar aqui, mas como disse o nome ilustrissimo FHC o trabalho acabaria( só se for para ele) Por que muitos de nós estamos aqui se fudendo por 8 horas á 12 horas por dia, por um salário de fome.
O trabalhador busca outros modos de vender sua força de trabalho com horários diferentes para ganhar o que ganharia trabalhando em um único local, gerando assim um crescimento contínuo de desemprego, pois logo se um trabalhador que trabalhava 8 horas por dia passa a ter dois empregos com horários flexíveis e com salários diferentes, passa a ocupar cargo de outro trabalhador, além do mais deslegitima os direitos trabalhistas conquistados a partir da implantação do Welfare State [1][1]no mundo.
Braz e Netto nos descrevem tal transformação:
“... Todas as transformações implementadas pelo capital têm como objetivo reverter a queda da taxa de lucro e criar condições renovadas para a exploração da força de trabalho (....)mediante a terceirização de atividades e serviços e submetidos a condições de trabalho muito diferentes das oferecidas áquele núcleo- alta rotatividade,salários baixos,garantias diminuídas ou inexistentes.”(BRAZ,Marcelo;NETTO,Jose Paulo;pg.218-219, 2009)
Além da precarização do trabalho formal á venda da força de trabalho passa a ser diferente. Os empregadores passam a solicitar trabalhadores com qualificações altas, que tenham capacidades de participar de diversas atividades, exigindo outras formações, cursos de especialização para uma única função. Além disso, trazem a participação dos mesmos, utilizando de equipes de trabalho, modificando assim a terminologia “empregados” para “colaborados”, ou “cooperadores”, usando a concepção, ou uma falsa consciência[2][2] como um “quase” dono da empresa. Tal recurso traz uma nova dinâmica para venda da força de trabalho, trazendo grandes modificações do modo Taylorista- Fordista [3][3]para uma forma renovada no neoliberalismo.
Segundo Braz e Netto as mudanças na venda da força de trabalho:
“... essa força de trabalho deve ser qualificada e polivante(...)O capital empenha se em quebrar a consciência de classe dos trabalhadores: utiliza-se o discurso que de que a empresa é sua “casa” e que eles devem vincular o seu êxito pessoal ao êxito da empresa;não por acaso,os capitalistas já não se referem a eles como operários ou empregados- agora, são colaboradores,cooperadores, associados...” (BRAZ,Marcelo;NETTO,Jose Paulo;pg.217, 2009)
Contribuições feitas. Essas são algumas das argumentações da minha monografia á respeito da superexploração dos trabalhadores bolivianos em São Paulo. Mas para antes falar nos Bolivianos, damos um apanhado mais histórico sobre a venda da força de trabalho no mundo e na AL. E para finalizar, colocaria um trecho da música do GOG, que retrata muito bem o que se passa
“... Seu pai faxineiro lava banheiros, salários mais gorjetas de terceiros, de quebra faz um bico revendo jogos feitos numa lotérica. Sua mãe com mais de sessenta ainda trabalha de doméstica e assim se completa a renda da família, salários mais gorjetas bico aposentadoria, somando tudo da à certeza de lutar por dias melhores...” (GOG/Genival Oliveira Gonçalves)
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